Potência sublime: Aston Martin Valhalla chega em 2025

Entre a primeira evocação do Valhalla em 2019 no salão automóvel de Genebra, e a concretização desse sonho pela Aston Martin passaram-se cinco anos.

Um tempo de espera que parece demasiado longo, não fosse este híbrido plug-in um dos principais pináculos tecnológicos da construtora britânica nesta nova era eléctrica

Pois esta quarta-feira, o hiper desportivo revela-se nas suas formas finais antes de subir à linha de montagem, com um visual muito próximo do protótipo.

1.079 cv híbridos

Muito menos extravagante do que o Valkyria nas suas proporções, o Valhalla estica-se até aos 4,72 metros de comprimento por 1,16 de altura e 2,01 de largura… mas com os retrovisores recolhidos!

Sob o capô esconde-se um V8 biturbo de 4.0 litros com cárter seco e cambota plana concebido pela Mercedes-AMG, eliminado que foi o V6 originalmente planeado.

A "solo" debita 828 cv e 857 Nm, que depois são elevados a uns combinados 1.079 cv e 1.100 Nm com a actuação conjunta dos três propulsores eléctricos.

Um está montado na caixa automática de dupla embraiagem de oito relações, enquanto os restantes accionam directamente as rodas dianteiras, sem que estejam ligados por uma tracção integral mecânica.

Esta transmissão não possui marcha atrás, função essa executada pelos motores eléctricos através das patilhas montadas na coluna de direcção.

Conta ainda com um diferencial autoblocante traseiro controlado por via electrónica, enquanto a autonomia eléctrica está limitada a 14 quilómetros a 140 km/hora mas sem que seja indicada a capacidade da bateria.

"Bala" até aos 100 km/h

O Valhalla arranca sempre no modo Sport para depois o condutor poder seleccionar manualmente os Pure EV, Sport+ e Race.

Cada uma tem a sua própria combinação de configurações, incluindo vectorização de binário e integração de sistema híbrido, assim como a rigidez da suspensão, a aerodinâmica activa e a calibração da direcção.

Não espanta, por isso, que o Valhalla demore "apenas" 2,5 segundos a arrancar dos zero aos 100 km/hora para uma velocidade de ponta tabelada nos 350 km/hora.

E, com os 600 quilos de força descendente máxima a partir dos 240 km/hora, conseguidos através de vários sistemas aerodinâmicos activos, não será difícil atingir em circuito esse desempenho máximo.

O conjunto é embelezado por jantes forjadas em alumínio de 20 polegadas à frente e 21 atrás, e "calçadas" por pneus Michelin Pilot Sport Cup 2.

Circuito e estrada

Mesmo construído num monocasco em fibra de carbono, com dois subchassis em alumínio, o hiper desportivo não é nada leve: são 1.655 quilos, e já com todas as opções montadas para reduzir esse peso.

A suspensão dianteira é do tipo push-rod, com triângulo duplo com a mola e amortecedor montados em posição quase na horizontal e perpendicular ao eixo longitudinal do carro, sendo multibraços a traseira.

Os amortecedores são de dureza variável enquanto o sistema de travagem, suportados por discos carbono-cerâmicos, foi concebido com tecnologia by-wire.

A Aston Martin deu-se ao "trabalho" de mostrar um habitáculo mais convencional do que poderia esperar-se num hiper desportivo, definido pela nova Amphitheatre Line como linguagem estilística .

O tabliê muito limpo suporta dois visores separados para a instrumentação e infoentretenimento, tendo este a necessária função de telemetria, sendo o multimédia compatível com Apple CarPlay e Android Auto.

O espírito de competição prossegue nos bancos fixos com os pedais e a coluna de direcção a serem móveis.

Limitado a 999 unidades, o Aston Martin Valhalla entrará em produção antes do próximo Verão, com cada exemplar a ter um preço de partida em redor dos 860 mil euros.

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